Sobre o trabalho fora das quatro linhas do campo de futebol

À procura de uma pauta sobre jornalismo esportivo para a disciplina de Jornalismo Especializado, me vi curiosa e tentada a falar sobre o trabalho fora das quatro linhas do campo de futebol. Não falo dos gandulas, mas, sim, dos assistentes de arbitragem, vulgos bandeirinhas. Pra falar da profissão, nada melhor do que ilustrá-la com um exemplo regional. Na hora lembrei do Altemir Hausmann, estrelense convocado para representar o Brasil na última Copa do Mundo, na África.

Bingo! A entrevista com o próprio personagem rendeu e as secundárias também. Creio ter conseguido falar sobre a profissão e ao mesmo tempo contar uma bela história de vida. O resultado entreguei hoje à professora. No entanto, ainda tenho planos de publicá-lo na Revista Exceção ou no Jornal Unicom, caso, óbvio, "comprem" a minha reportagem.

Louca pra divulgar a minha matéria aqui, mas me segurando pra nao me auto-furar (se é que isso existe), vou colocar somente os dois primeiros parágrafos e a ilustração, feita pelo colegaPepe Fontanari, - que ficou brilhante, diga-se de passagem - e uma foto do Altemir ao lado de Roberto Braatz, também auxiliar de Simon no Mundial. Ah, o título vou deixar na curiosidade. Espero comentários!



Braatz e Hausmann em treinamento

Aos 41 anos, Altemir lembra bem de como chegou ao grau máximo da carreira que escolheu aos 19 anos: assistente de arbitragem. A escolha não foi aleatória. O futebol está no sangue da família Hausmann. O falecido pai foi goleiro do amador Oriental, time estrelense, e a mãe, torcedora fanática do Internacional. Foram eles que escolheram dar o pontapé inicial na história do caçula dando nome de craque ao filho. Naquele ano, mais precisamente em 1968, o lateral direito Altemir Marques da Cruz havia ajudado o Grêmio a conquistar o título de hepta campeão gaúcho, ou seja, sete títulos estaduais de maneira ininterrupta.

A vida não foi fácil para os Hausmann. Para ajudar a mãe, o quarteto composto por Crislaine, hoje com 49 anos, Loraine, (47), Eleno, (45) e Altemir tiveram que, desde os 13 anos, conciliar os estudos com o trabalho em uma fábrica de calçados. Um exemplo da dificuldade financeira está estampado nos sorrisos. Como não havia dinheiro para tudo, incluído no que não podiam gastar estava o cuidado dos dentes. Quando as cáries tomavam conta da boca, o único dentista que cabia no bolso da dona Alzi solucionava o problema de forma radical. “Graças a Deus tivemos dinheiro para implantar dentes novos e bonitos, porque o dentista arrancou os quatro dentes da frente de todos nós”, conta Eleno, que também recebeu nome de jogador de futebol, mas, devido aos mais de 2 metros de altura, acabou se tornando jogador de basquete e atualmente atua como professor de Educação Física, além de trabalhar como comentarista esportivo.




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